Adolescentes "são assim mesmo", você já deve ter escutado isso, como também deve ter escutado "eles dão um trabalho dobrado", muitos até os denominam cruelmente como "aborrecentes".
Mas a adolescência é na verdade uma fase de interessantes e lindas transformações. As grandes mudanças no comportamento e no corpo, agora se estende a os país, esses também mudam de comportamento pois nessa fase eles não já podem mais supervisionar e proteger seus filhos como quando eram crianças, precisando agora colocar a confiança naquilo que já passaram para os filhos.
Os pais costumam dizer, adolescentes são nossas "crianças grandes", mas não eles não são mais crianças e também não são adultos, então como tratá-los? Como adolescentes, primeiro passo, admitir isso. Eles estão se tornando adultos, e ser adulto, bem sabemos, não é fácil. Ter que se colocar dentro de uma sociedade, ter que responder aos compromissos, ter que mostrar rendimentos e ser notório . Tudo isso se misturando com a liberdade sendo descoberta , com o querer voar em busca de sonhos, com o desejo de conhecer novos prazeres. A adolescência é o período onde criamos nossa identidade, questiona-se quem somos e o que seremos com muita intensidade. Na adolescência além de testar quem manda e quem tem o poder, deseja-se mandar e ter o poder, seja sobre o grupo social, sobre suas idéias, seja sobre a família.
Cada família reage de uma maneira com seu adolescente, então é importante notar que alguns pais podem querer identificar-se com o filho adolescente e agir como tal, achando que desta forma irá se comunicar melhor com ele, negando suas responsabilidades parentais. Alguns deixam o adolescente "solto" achando que agora que cresceram a responsabilidade é deles e que já fizeram o suficiente. Há também outros que ficam excessivamente ansiosos e preocupados podando as iniciativas e possibilidades de independência dos filhos, lidando com eles como se fossem crianças indefesas.
A autoridade dos pais neste momento é muito importante, até muitas vezes só para ser contrariada. E quando isso ocorre nesse momento surgem às crises, os desentendimentos, e muitas vezes um sofrimento que poderia ser evitado. É hora da família mostrar-se ativamente, nesse momento é preciso usar da autoridade, mas para que esta seja benéfica precisa basear-se em condutas coerentes, estando o discurso dos pais de acordo com as atitudes que praticam. Caso ao contrario esta autoridade não terá efeito é necessário que se pontue .
Muitas vezes os adolescentes testam os pais em sua capacidade de dar limite. A fim de conferirem se os pais estão interessados e ou preocupados com eles. Os pais não podem se iludir com a falsa aparência de segurança e maturidade que o adolescente tenta transmitir algumas vezes. Por traz desta fachada de segurança há dúvidas, medos, pedido de limites e compreensão.
O diálogo é muito importante. mas esse deve ocorrer de uma maneira muito passiva e amorosa, mesmo que no primeiro momento pareça um monólogo. A conversa é necessária e fundamental, mas as atitudes também o são , e como educadores os pais devem embasar e justificadas suas atitudes dentro do contexto familiar. Os argumentos dos filhos quando coerentes devem ser reconhecido pelos pais e respeitados. Dar-se conta de que se cometeu um erro e voltar atrás, não significa perda da autoridade dos pais, ao contrário serve para reforçar a confiança e o vínculo afetivo.
O adolescente é um excelente ouvinte e como bom ouvinte é contestador, por isso o diálogo deve ter um tom de "vamos resolver as coisas, para sermos felizes", pois existe sempre a possibilidade de serem ignorados ou protestados com avidez. Contratos também funcionam, mas não tão bem como funcionavam quando eram menores, pois adolescentes são transgressores, e com a transgressão eles aprendem, e a idade do "tudo posso", então deixe bem firmados os contratos e as multas por não cumprimento, e as aplique se necessário.
Nós do Espaço Arte Música e Consciência temos em nosso quadro de alunos e clientes , muitos adolescentes, há quase 15 anos trabalhamos com eles, e aprendemos nessa jornada que com amor, carinho, tolerância e, sobretudo com a base familiar orientada conseguimos superar e transpor essa linda e marcante fase, que fará com certeza a diferença do adulto de amanhã.
Na série do Ciclo Diálogos um dos temas é exatamente esse, venha participar dessa discussão.
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