24 de set. de 2015

Desfrute o hoje

Creditos : Idosa observa atores enquanto público tenta fotografá-los. / JOHN BLANDING (THE BOSTON GLOBE)
Esse fim de semana teve  Rock In Rio,  assisti por duas vezes o Show do Sr Elton John, não que eu seja super fã, mais a musicalidade e performance dele é fantástica, pena não surgir talentos semelhantes que possam marcar essa geração de agora. Mas enfim, em um dos shows ele chama parte da platéia para subir ao palco e dançar ao som de sua  canção, surpreendentemente todos convidados ao invés de curtir começam a filmar e fotografar, a cena  me incomodou profundamente, um momento para ser vivido, registrado no corpo e na memória, foi perdido pq todos resolveram tornar-se fotógrafos ou cinegrafistas.  E nítida a frustração de Sr Elton John, ele sorri, mas tudo fica meio sem jeito. 
EU NÃO ME VEJO DIFERENTE, tbém sou dessa geração que fica com o celular sempre por perto, registo imagens, sons, comento posts, estou sempre interagindo. Mas a cena do show do Sr Elton John, como essa foto abaixo me fez pensar que vivemos um momento de tanta carência que desejamos guardar para o futuro aquilo que poderíamos ter hoje, REGISTRAR UM MOMENTO é guardar o presente, não estar presente. Vivenciamos o agora parcialmente. O que isso significará, eu de verdade não sei, talvez no futuro olhemos os registros e indagaremos :
 _O que era isso? 
Assim como hoje nos encantamos pelas artes rupestres,  essas  que tanto mostra sobre como eram os relacionamentos, que com certeza foram grafadas para que no futuro soubessêmos do passado,  e hoje percebemos  que nada aprendemos , mesmo depois de séculos.

13 de jan. de 2015

Deus, oh Deus



             A sabatina desse inicio de ano esta sendo responder a curiosidade alheia, como se as opções, escolhas , orientações e direções de alguém fosse de maior ou menor valia, como se algo em mim fosse mudar algo em alguém. embora eu saiba o quanto somos todos seres sugestionáveis e influenciáveis.
Mais eu compreendo  a curiosidade das  pessoas  é da natureza humana ser analítico.
Qual sua religião Elaine?
Esse  foi o questionamento feito por muitos desde o inicio de 2015. Rótulos religiosos nunca foi meu forte, eu creio no sagrado presente em cada um de nós.
Questiono dogmas, respeito rituais, me emociono com a fé.
Mas a pergunta insiste, e o querer me inserir numa tribo é constante. Nesses momentos eu me arredio de alguns, não conjugo com quem prega o amor e provoca a  guerra, não acredito em quem fala demais e quer converter almas, não tenho paciência  com os  que decoram frases traduzidas do latim e nem sabem seus significados, também não tenho tolerância com aqueles  tem seus "achares" como dizeres de Deus, eu me interesso por expressões de fé, por milagres, admiro a caridade, admiro os votos, admiro ritos, admiro as vestimentas, as promessas, me encanto com louvores, com a disciplina e o rigor, com a capacidade de cada religioso de romper com a familia, com a sua comunidade, de voltar-se para seu Deus, admiro e fico espantada com as competências verbais de dirigir multidões.

Enfim, religiões me interessam, eu confesso. Algumas vezes já quiseram me me  converter, outros austeros me disseram  frases impactantes, e os questionamentos sobre Deus, Jesus, Santos, Espíritos, Anjos e demônios, fadas, seres encantados, alienigenas,  sempre foram  frequentes na prática clínica. Tenho claro que  essa é uma angústia do homem, de onde viemos, para onde vamos, quem rege esse universo, o que sinto, minha devoção, minha crença, minha descrença. Em minhas supervisões sobre cada caso com cunho religioso por vezes me  sentia  em se uma aula de teologia outras um filme de Harry Potter.

Para os curiosos eu sou espiritualista, humanista ,  ecologista, naturalista. Creio no Amor, creio na Fé, creio na Paz. Eu tento ser melhor a cada dia, eu peço perdão, não guardo rancor, eu medito, eu divido meu pão, eu ajudo como posso,  eu converso com Deus.

Eu espero que cada um encontre em si seu Sagrado e que com ele sinta-se feliz e  emane amor

A cada dia é um novo desafio, psicólogos são questionados em tudo e quando ainda não se é maduro para dividir entre a sua  profissão e suas  particularidades a angústia com certeza pode pairar, por isso a real necessidade de psicólogos estarem sempre em constante análise e serem sempre orientados em uma supervisão.

Cuidem-se colegas.